A última do Belido
Há pessoas que reagem muito mal a críticas e notícias contrárias. Em vez se defender, saem para o ataque, tentando desqualificar o veículo. A estratatégia é clara: desviar o foco. Garotinho é assim. Edir Macedo idem. Há casos em Campos iguais. Agora foi a vez de Sarney, com o Estado de São Paulo.
Confira abaixo a notícia e o comentário feito por Guilherme Belido, no site Opinião, sobre o caso Sarney X Estado de São Paulo.
Tablóide inglês?
O jornal “O Estado de São Paulo” publicou no domingo matéria dando conta de que apartamentos em São Paulo da família Sarney teriam sido pagos por empreiteira. A informação do diário paulista pode estar errada, pode ser fruto de engano ou pode estar incompleta, - o que seria desastroso para o veículo. Mas para cada uma destas hipóteses cabe reparação judicial e outras providências. Entretanto, pela história que O Estadão escreveu ao longo de décadas e décadas na Imprensa brasileira e em favor do país, não lhe cabe a comparação com os tablóides britânicos sensacionalistas. José Sarney não está em condições de relacionar “O Estado de São Paulo” com práticas nazistas. O jornal que lutou contra a ditadura Vargas e com bravura enfrentou os militares quando viu que a Revolução de 64 transformara-se em regime autoritário e abusivo, não pode ser acusado de “buscar escândalos para vender nas bancas”. Se o presidente do Senado não quer investigação, cabe ao jornal do saudoso Júlio Mesquita colocar tudo em pratos limpos. Se engano cometeu, que peça desculpas e suporte as consequências. Mas se estiver certo, que dê ênfase à notícia e exija de Sarney a devida reparação. Até que se demonstre o contrário, o José Sarney de ontem – amigo dos militares – e o José Sarney de hoje, submerso em denúncias barradas pela tropa de choque do Senado, não tem estatura para desqualificar um jornal da importância e da honestidade do Estadão.
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Christiano Abreu Barbosa
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